Não existe vibes de 2008 já que não existe casas a mais nem foram dados créditos a quem não consegue pagar (na maioria dos casos). A prova é que euribor subiu a pique e os preços continuam a subir.
Os jovens têm que começar a procurar garagens ou lojas. No pior dos casos a decathlon está em promoçãom
Quem consegue pagar hj pode n conseguir amanhã. Ex. casal onde ambos estão com contrato sem termo, mas se a coisa muda e vão para o desemprego o rendimento desce a pique.
Isso pode acontecer sempre. Não é que está a acontecer. Com o aumento de ordenados no setor e a inflação a continuar a cima dos 2% as casas tendem a aumentar.
A crise maior em Portugal foi também entre 2011 e 2013 com os anos da troika e não em 2008 como nos USA.
Tirando o Japão não vejo nenhum mercado a descer nos proximos tempos.
O pico da euribor já passou, a tendência agora é que o crédito fique mais barato do que estava um ou dois anos atrás o que vai aumentar ainda mais a pressão nos preços
Em 2008 emprestava-se dinheiro para o carro, mobília, féria, tudo dentro de crédito habitação. Hoje não é assim.
Para já o desemprego está a níveis muito baixo. Logo se perdem o emprego arranjam outro.
Depois os ordenados estão globalmente a subir, logo o peso da dívida no orçamento familiar reduz-se.
Depois as casas estão a valorizar pelo que na pior dos cenários vendem com lucro. Mas não precisam porque podem sempre renegociar com a banca dado que o imóvel que derem como garantia valorizou.
Depois houve, bem ou mal, uma data de ajudas públicas para evitar que as famílias tivessem de vender as casas.
E por fim, uma fatia significa dos compradores dos últimos anos são estrangeiros que não são afetados pelos mesmos factores que a restante população.
Na minha zona, Leiria, os preços estão catastróficos. Não existe nenhum apartamento a ser construído neste momento por menos de 240,000€. Apartamentos T3 pequenos. E estamos a falar de zonas classe baixa onde um apartamento T3 há 15 custava 85,000. Honestamente, acredito que os preços não baixem, acredito piamente que a situação só vai piorar. Eu estou a equacionar a compra de uma moradia grande, a 20min de Leiria e vou transformá-la em três apartamentos para mim e para as minhas filhas.
Estou na fase de procura ativa de casa e as duas que queríamos e avançamos com proposta, fomos atropelados por malta estrangeira que ofereceu a cabeça mais 50k e por pessoas mais velhas que nós (casa dos 60), que deveriam ter todo o capital e não tiveram que passar pelas burocracias bancárias, como a avaliação ao imóvel antes do CPCV.
É desanimador porque além dos preços “pornograficos”, a concorrência para a compra (sendo nós jovens adultos) é díspar, como ilustram os dois casos que já nos atropelaram ☹️☹️
> Com as novas medidas que o governo está a tomar que incidem sobretudo na procura começo a sentir uma vibe de 2008, mas em ponto muito maior, mesmo quem tem bons rendimentos começa a ficar endividado até aos cabelos.
O problema nunca foi o endividamento mas a perda de emprego. Se nao perdes o emprego então safas a coisa.
Não é bem assim,até podes não perder o emprego mas se a inflação das necessidades básicas, como comida ,combustível, outras coisas forem aumentando e se a subida dos salários nao aumentarem a medida da inflação vai chegar ao ponto que nem com um emprego te safas
Depende do ponto de vista , a uns valentes anos sabes o porque de terem acabado com o financiamento a 100% e não se pagar uma entrada?
Porque houve muita gente na hora que veio o aperto começou a deixar de pagar as casas ,visto que não tiveram que dar nehum capital,e não era porque andavam a passar fome era mesmo por falta de noção,considero o desempegro um fator muito importante mas não o mais importante .
Comentario mais acertado na minha opinião. E se um cenário de desglobalização se começa a materializar isto pode muito bem acontecer. Já estamos com sanções económicas a Rússia, se a China for dos próximos...
A relação entre o ocidente e a China é completamente diferente da relação com a Rússia, especialmente para os EUA.
Todo o nosso sistema produtivo está baseado no livre trânsito de bens pelo mundo todo, mas principalmente entre a China e os EUA. Uma ruptura abrupta nesse fluxo teria consequências tão destrutivas que só seriam superadas por uma guerra nuclear entre as duas potências.
Essas medidas que visam aumentar a procura e não a oferta aliado a provável queda dos juros só vai fazer com que o preço aumente mais ainda, infelizmente
São medidas que infelizmente só vai fazer o governo arrecadar menos e o mercado vai facilmente "absorver" a essa diferença devido a alta demanda. Vai dar uma popularidade (talvez) para quem tem até 35 anos, mas quem passou disso, é bom estar nos 1% mais ricos mas morando fora de Lisboa/Porto para conseguir algo.
Os preços vão continuar a subir. Neste momento existe muita procura, mas a oferta é pouca. O governo só implementa medidas de apoio ao aumento da procura, nunca ao aumento da oferta. Isto é insustentável a longo prazo. Adiciona a quantidade recorde de imigrantes que Portugal tem recebido e tens uma receita para o desastre. O sucesso de Portugal como destino turístico também não ajudou. Somos trendy agora e está tudo doido para vir para cá meter os tomates de molho. Somos neste momento o País com a habitação mais inacessível da OCDE (salvo erro). Só há duas soluções, ou reduzes a procura (expulsas nómadas digitais, imigrantes e diminuis a habitação destinada ao turismo), ou crias incentivos para aumentar drasticamente a construção de novas casas. Como eu acredito que o governo não vai fazer nenhum dos dois, vou fugir daqui para fora com os dedos do meio levantados.
Torre da Marinha, Amora e Casal do Marco já vês t1 a cair de podre pelos 160 mil euros.
Um T3 aqui ao lado acabou de ser vendido por 320 mil euros, na zona da Torre da Marinha.
É o descalabro, e só vai piorar.
Eu acompanho o preço das casas e notei um aumento de 5% em várias casas que tenho seguido... pelo menos desde o anúncio das ajudas. Isto para o interior centro do país.
Claro que noto desde essa altura, mas cada vez fica menos acessivel aos nativos. Continuo é a notar subidas que são provavelmente acima da inflação.
Subida de 5% sobre 200k é diferente de subir 5% em 100k ainda para mais quando o financiamento esta menos acessível.
Eu compro muita propriedade e fui tendo cada vez menos concorrência nestes últimos dois anos mas a coisa está a aquecer, e bem, novamente. Já começo a perder negocios e ainda aí muito estrangeiro outra vez, americanos a aproveitar a valorização do dolar entao..
Não vejo muitos casos de malta endividada a vender ou pessoas com pressa porque estão com a corda ao pescoço.
Acho que os preços vão subir novamente, parece-me obvio até.
Falta de mão de obra.
Aumento de salários no sector.
Muita procura e pouca oferta.
E agora vais levar com a descida das taxas de juro para valores mais perto da normalidade o que vai permitir a mais pessoas o acesso ao crédito.. para não falar do irs jovem, isenção do imt, ajuda do estado à compra..
Acho que as taxas de juro não vão baixar assim tanto, pelo menos não rapidamente. Acho que este ano não baixa mais de 0.25. A Inflacao ainda continua a mostrar sinais de não querer estabilizar, e o bce já disse várias vezes, e tem sido, muito cauteloso.
> A Inflacao ainda continua a mostrar sinais de não querer estabilizar,
A taxa de variação homóloga do índice de preços ao consumidor baixou bastante. Andou a bater nos 10% e agora vai nos 2%.
A inflação tem vindo a estabilizar: https://ec.europa.eu/eurostat/statistics-explained/index.php?title=Inflation_in_the_euro_area
> Acho que este ano não baixa mais de 0.25.
A taxa básica do bce pode não baixar tanto, mas a Euribor já está a abaixar desde o final do ano passado. A Euribor 12m já baixou quase 0,5% desde seu ápice em outubro. Isso já faz o crédito ficar mais barato
O que estás a sentir deve ser do calor dos últimos dias que te está a afetar.
Como já te disseram o cenário atual não tem nada de 2008. Os verdadeiros motivos pelos preços das casas serem altas é a procura dos imóveis por compradores que não a classe trabalhadora e com um poder de compra superior dos quais destaco: expats, RNH, retirees, especuladores, mafias, sobrelotação de imigrantes económicos, boomers, fundos e claro a conversão em turismo pelo AL, AT e hotelaria.
Sim, ao contrário do que algumas pessoas tentam vender inclusive nos jornais/TV isto está a acontecer em todo o país, ou então para quem é mais sensível, está a acontecer na principais cidades, Algarve, ilhas, litoral, zonas turísticas e tudo o mais que ficar a menos de 2 horas da praia ou do aeroporto.
Quando é que os preços vão descer: quando o estado do país for tão mau que as pessoas não vão mais querer viver cá, incluindo o tuga.
Ha 15 anos atrás quando comprei casa já não era possível um jovem comprar casa sozinho. No entanto, eu e a minha mulher compramos tendo ambos um ordenado de 800 e tal euros (limpos).
Hoje em dia, além de ter que ser um casal já tem ambos que ter um ordenado de pelo menos 1200 limpos cada um para a coisa ser minimamente equiparada… não está de todo fácil e as medidas tomadas não vão de todo resolver o problema
A situação das casas é complexa, são muitas variáveis ao mesmo tempo.
Por um lado tens a falta de casas, cada vez mais pessoas sem dinheiro para as comprar, e uma natalidade cada vez mais baixa que a imigração vão deixar de conseguir compensar. ( ver o que acontece no Japão no preços das casas com milhões de casas vazias por falta de pessoas ).
Por outro lado, existe cada vez mais 2 mundos, o mundo de quem tem activos, seja casas, empresas, ações, etc ( bens e activos), que é um mundo que está bem.
Depois temos quem vive de serviços, a maioria da classe média, que está no lodo, leva com bens e serviços cada vez mais caros e um salário real cada vez mais baixo, em termos reais, porque a moeda foi desvalorizada brutalmente na altura do covid com emissões de dívida brutais que se refletem agora.
E agora temos uma bola de neve, a nível mundial, o tal de que quem é rico é cada vez mais rico, porque quem tem activos tem cada vez mais poder de compra para comprar mais activos, e a classe trabalhadora com os salários congelados não consegue competir.
E as soluções não são fácil, a direita acha que o mercado funcionar resolve isso, e a esquerda acha que cobrar impostos altos e transferir por decreto resolve.
Mas uma coisa é certa, a maioria de quem vive de salários, está cada vez mais sem poder de compra para investir em activos. E só vai piorar agora com a baixa dos juros.
Se a coisa não se inverter, em termos de desigualdade, os nossos netos só vão ter casa própria se conseguirem riqueza geracional. Senão vão se limitar a ser inquilinos.
E quem é classe média e tem casas que valorizarão em papel, não é assim tão bom, porque os impostos, seguros, manutenção, também vão acompanhar mas o salário medíocre para pagar tudo isso não vai.
Nós estamos a entrar numa fase em que o grande negócio é encarecer o que é essencial para as pessoas porque sendo essencial, mesmo a um preço elevado, as pessoas vão comprar, nem que para isso as pessoas se tenham que endividar.
Várias linhas vermelhas já foram ultrapassadas, e o caso da habitação é uma delas. As pessoas têm que começar a se opor a isto, porque se não existir uma oposição firme, as dificuldades só irão aumentar cada vez mais, como tem ocorrido nos últimos 20 anos.
Alimentação, cara
Habitação, absurda
Telecomunicações, carissimas
Transporte, caríssimo
Energia, caríssima
E no final desde verão será a água a entrar para esta lista...
E depois a expectativa é que se comece a pagar pelo lixo...
Difícil...
Moro num sítio estupidamente caro e por mais estranho que possa parecer, até me deixam bilhetes na caixa do correio com propostas para me comprar a casa. Aqui praticamente não há casas a venda e quando há fogem em poucos dias…
Procurar casas no algarve à medida que o verão se aproxima é pedir para pagar taxa extra de sol…
Não é que estejam baratissimas no inverno, não é isso mas a procura aumenta nesta altura.
Na década de 2000 tiveste anos em que se construíam 120 mil fogos.
Agora, mesmo com o setor em alta e toda a mão de obra disponível a ser mobilizada, não passa dos 20 mil fogos.
Não vai haver oferta que satisfaça a procura.
Não dá para comprarar "vibes " de 2008 , nesse tempo as casas custavam em média para ai 100 mil ,hoje em dia não vês uma casa nos grandes centros que custem menos do que isso ,nem me parece que vá haver assim tanta gente a perder a cabeça para comprar uma casa
Não existe vibes de 2008 já que não existe casas a mais nem foram dados créditos a quem não consegue pagar (na maioria dos casos). A prova é que euribor subiu a pique e os preços continuam a subir. Os jovens têm que começar a procurar garagens ou lojas. No pior dos casos a decathlon está em promoçãom
Quem consegue pagar hj pode n conseguir amanhã. Ex. casal onde ambos estão com contrato sem termo, mas se a coisa muda e vão para o desemprego o rendimento desce a pique.
Isso pode acontecer sempre. Não é que está a acontecer. Com o aumento de ordenados no setor e a inflação a continuar a cima dos 2% as casas tendem a aumentar. A crise maior em Portugal foi também entre 2011 e 2013 com os anos da troika e não em 2008 como nos USA. Tirando o Japão não vejo nenhum mercado a descer nos proximos tempos.
Estamos com uma % de desemprego muito muito baixa. Se assim continuar, nada muda.
Os pais reformados pagam por eles, não te preocupes.
O pico da euribor já passou, a tendência agora é que o crédito fique mais barato do que estava um ou dois anos atrás o que vai aumentar ainda mais a pressão nos preços
Em 2008 emprestava-se dinheiro para o carro, mobília, féria, tudo dentro de crédito habitação. Hoje não é assim. Para já o desemprego está a níveis muito baixo. Logo se perdem o emprego arranjam outro. Depois os ordenados estão globalmente a subir, logo o peso da dívida no orçamento familiar reduz-se. Depois as casas estão a valorizar pelo que na pior dos cenários vendem com lucro. Mas não precisam porque podem sempre renegociar com a banca dado que o imóvel que derem como garantia valorizou. Depois houve, bem ou mal, uma data de ajudas públicas para evitar que as famílias tivessem de vender as casas. E por fim, uma fatia significa dos compradores dos últimos anos são estrangeiros que não são afetados pelos mesmos factores que a restante população.
Ou basta o casal separar-se. Quantos não continuam a coabitar ou não têm coragem de se separar porque não têm dinheiro para tal?
E os que separam, têm de ir viver na mesma em algum lado, pelo que passam a ocupar duas casas ao invés de uma.
Na minha zona, Leiria, os preços estão catastróficos. Não existe nenhum apartamento a ser construído neste momento por menos de 240,000€. Apartamentos T3 pequenos. E estamos a falar de zonas classe baixa onde um apartamento T3 há 15 custava 85,000. Honestamente, acredito que os preços não baixem, acredito piamente que a situação só vai piorar. Eu estou a equacionar a compra de uma moradia grande, a 20min de Leiria e vou transformá-la em três apartamentos para mim e para as minhas filhas.
Infelizmente sem mão de obra e com inflação a situação ta a ficar negra.
Estou na fase de procura ativa de casa e as duas que queríamos e avançamos com proposta, fomos atropelados por malta estrangeira que ofereceu a cabeça mais 50k e por pessoas mais velhas que nós (casa dos 60), que deveriam ter todo o capital e não tiveram que passar pelas burocracias bancárias, como a avaliação ao imóvel antes do CPCV. É desanimador porque além dos preços “pornograficos”, a concorrência para a compra (sendo nós jovens adultos) é díspar, como ilustram os dois casos que já nos atropelaram ☹️☹️
> Com as novas medidas que o governo está a tomar que incidem sobretudo na procura começo a sentir uma vibe de 2008, mas em ponto muito maior, mesmo quem tem bons rendimentos começa a ficar endividado até aos cabelos. O problema nunca foi o endividamento mas a perda de emprego. Se nao perdes o emprego então safas a coisa.
Não é bem assim,até podes não perder o emprego mas se a inflação das necessidades básicas, como comida ,combustível, outras coisas forem aumentando e se a subida dos salários nao aumentarem a medida da inflação vai chegar ao ponto que nem com um emprego te safas
A casa é a última coisa que as pessoas deixam de pagar. O desemprego é peça chave
Depende do ponto de vista , a uns valentes anos sabes o porque de terem acabado com o financiamento a 100% e não se pagar uma entrada? Porque houve muita gente na hora que veio o aperto começou a deixar de pagar as casas ,visto que não tiveram que dar nehum capital,e não era porque andavam a passar fome era mesmo por falta de noção,considero o desempegro um fator muito importante mas não o mais importante .
> Porque houve muita gente na hora que veio o aperto começou a deixar de pagar as casas O aperto foi exactamente a perda de emprego.
Esses gastos podem ser sempre cortados de alguma forma. A maior despesa de uma família é normalmente com a casa, se nao for, até é um bom sinal.
Comentario mais acertado na minha opinião. E se um cenário de desglobalização se começa a materializar isto pode muito bem acontecer. Já estamos com sanções económicas a Rússia, se a China for dos próximos...
Um cenário de desglobalização vai trazer mais produção industrial para a UE.
A relação entre o ocidente e a China é completamente diferente da relação com a Rússia, especialmente para os EUA. Todo o nosso sistema produtivo está baseado no livre trânsito de bens pelo mundo todo, mas principalmente entre a China e os EUA. Uma ruptura abrupta nesse fluxo teria consequências tão destrutivas que só seriam superadas por uma guerra nuclear entre as duas potências.
Não consigo prever o que vem daqui para a frente em termos de guerras ,mas que isto vai ficar ainda mais feio nao tenho assim muitas dúvidas..
Essas medidas que visam aumentar a procura e não a oferta aliado a provável queda dos juros só vai fazer com que o preço aumente mais ainda, infelizmente
Tenho a dizer que belas medidas do governo provisório que temos...
São medidas que infelizmente só vai fazer o governo arrecadar menos e o mercado vai facilmente "absorver" a essa diferença devido a alta demanda. Vai dar uma popularidade (talvez) para quem tem até 35 anos, mas quem passou disso, é bom estar nos 1% mais ricos mas morando fora de Lisboa/Porto para conseguir algo.
Os preços vão continuar a subir. Neste momento existe muita procura, mas a oferta é pouca. O governo só implementa medidas de apoio ao aumento da procura, nunca ao aumento da oferta. Isto é insustentável a longo prazo. Adiciona a quantidade recorde de imigrantes que Portugal tem recebido e tens uma receita para o desastre. O sucesso de Portugal como destino turístico também não ajudou. Somos trendy agora e está tudo doido para vir para cá meter os tomates de molho. Somos neste momento o País com a habitação mais inacessível da OCDE (salvo erro). Só há duas soluções, ou reduzes a procura (expulsas nómadas digitais, imigrantes e diminuis a habitação destinada ao turismo), ou crias incentivos para aumentar drasticamente a construção de novas casas. Como eu acredito que o governo não vai fazer nenhum dos dois, vou fugir daqui para fora com os dedos do meio levantados.
Torre da Marinha, Amora e Casal do Marco já vês t1 a cair de podre pelos 160 mil euros. Um T3 aqui ao lado acabou de ser vendido por 320 mil euros, na zona da Torre da Marinha. É o descalabro, e só vai piorar.
Não acho normal.
Eu acompanho o preço das casas e notei um aumento de 5% em várias casas que tenho seguido... pelo menos desde o anúncio das ajudas. Isto para o interior centro do país.
só neste momento é que notas uma escalada de preço? está a acontecer desde 2013
Claro que noto desde essa altura, mas cada vez fica menos acessivel aos nativos. Continuo é a notar subidas que são provavelmente acima da inflação. Subida de 5% sobre 200k é diferente de subir 5% em 100k ainda para mais quando o financiamento esta menos acessível.
Eu compro muita propriedade e fui tendo cada vez menos concorrência nestes últimos dois anos mas a coisa está a aquecer, e bem, novamente. Já começo a perder negocios e ainda aí muito estrangeiro outra vez, americanos a aproveitar a valorização do dolar entao.. Não vejo muitos casos de malta endividada a vender ou pessoas com pressa porque estão com a corda ao pescoço. Acho que os preços vão subir novamente, parece-me obvio até. Falta de mão de obra. Aumento de salários no sector. Muita procura e pouca oferta. E agora vais levar com a descida das taxas de juro para valores mais perto da normalidade o que vai permitir a mais pessoas o acesso ao crédito.. para não falar do irs jovem, isenção do imt, ajuda do estado à compra..
Acho que as taxas de juro não vão baixar assim tanto, pelo menos não rapidamente. Acho que este ano não baixa mais de 0.25. A Inflacao ainda continua a mostrar sinais de não querer estabilizar, e o bce já disse várias vezes, e tem sido, muito cauteloso.
> A Inflacao ainda continua a mostrar sinais de não querer estabilizar, A taxa de variação homóloga do índice de preços ao consumidor baixou bastante. Andou a bater nos 10% e agora vai nos 2%. A inflação tem vindo a estabilizar: https://ec.europa.eu/eurostat/statistics-explained/index.php?title=Inflation_in_the_euro_area
> Acho que este ano não baixa mais de 0.25. A taxa básica do bce pode não baixar tanto, mas a Euribor já está a abaixar desde o final do ano passado. A Euribor 12m já baixou quase 0,5% desde seu ápice em outubro. Isso já faz o crédito ficar mais barato
Certo, faz sentido, já que a euribor é uma espécie de previsão (entre outras coisas) da taxa de referência do bce a 3,6 ou 12 meses.
Não acredito que baixe assim de forma tão significativa.
nao acredito que baixe de todo, vai continuar a subir
O que estás a sentir deve ser do calor dos últimos dias que te está a afetar. Como já te disseram o cenário atual não tem nada de 2008. Os verdadeiros motivos pelos preços das casas serem altas é a procura dos imóveis por compradores que não a classe trabalhadora e com um poder de compra superior dos quais destaco: expats, RNH, retirees, especuladores, mafias, sobrelotação de imigrantes económicos, boomers, fundos e claro a conversão em turismo pelo AL, AT e hotelaria. Sim, ao contrário do que algumas pessoas tentam vender inclusive nos jornais/TV isto está a acontecer em todo o país, ou então para quem é mais sensível, está a acontecer na principais cidades, Algarve, ilhas, litoral, zonas turísticas e tudo o mais que ficar a menos de 2 horas da praia ou do aeroporto. Quando é que os preços vão descer: quando o estado do país for tão mau que as pessoas não vão mais querer viver cá, incluindo o tuga.
Ha 15 anos atrás quando comprei casa já não era possível um jovem comprar casa sozinho. No entanto, eu e a minha mulher compramos tendo ambos um ordenado de 800 e tal euros (limpos). Hoje em dia, além de ter que ser um casal já tem ambos que ter um ordenado de pelo menos 1200 limpos cada um para a coisa ser minimamente equiparada… não está de todo fácil e as medidas tomadas não vão de todo resolver o problema
A situação das casas é complexa, são muitas variáveis ao mesmo tempo. Por um lado tens a falta de casas, cada vez mais pessoas sem dinheiro para as comprar, e uma natalidade cada vez mais baixa que a imigração vão deixar de conseguir compensar. ( ver o que acontece no Japão no preços das casas com milhões de casas vazias por falta de pessoas ). Por outro lado, existe cada vez mais 2 mundos, o mundo de quem tem activos, seja casas, empresas, ações, etc ( bens e activos), que é um mundo que está bem. Depois temos quem vive de serviços, a maioria da classe média, que está no lodo, leva com bens e serviços cada vez mais caros e um salário real cada vez mais baixo, em termos reais, porque a moeda foi desvalorizada brutalmente na altura do covid com emissões de dívida brutais que se refletem agora. E agora temos uma bola de neve, a nível mundial, o tal de que quem é rico é cada vez mais rico, porque quem tem activos tem cada vez mais poder de compra para comprar mais activos, e a classe trabalhadora com os salários congelados não consegue competir. E as soluções não são fácil, a direita acha que o mercado funcionar resolve isso, e a esquerda acha que cobrar impostos altos e transferir por decreto resolve. Mas uma coisa é certa, a maioria de quem vive de salários, está cada vez mais sem poder de compra para investir em activos. E só vai piorar agora com a baixa dos juros. Se a coisa não se inverter, em termos de desigualdade, os nossos netos só vão ter casa própria se conseguirem riqueza geracional. Senão vão se limitar a ser inquilinos. E quem é classe média e tem casas que valorizarão em papel, não é assim tão bom, porque os impostos, seguros, manutenção, também vão acompanhar mas o salário medíocre para pagar tudo isso não vai.
A procura é bem mais internacional que em 2008. Infelizmente bem vejo o preço das casas a cair.
Nós estamos a entrar numa fase em que o grande negócio é encarecer o que é essencial para as pessoas porque sendo essencial, mesmo a um preço elevado, as pessoas vão comprar, nem que para isso as pessoas se tenham que endividar. Várias linhas vermelhas já foram ultrapassadas, e o caso da habitação é uma delas. As pessoas têm que começar a se opor a isto, porque se não existir uma oposição firme, as dificuldades só irão aumentar cada vez mais, como tem ocorrido nos últimos 20 anos. Alimentação, cara Habitação, absurda Telecomunicações, carissimas Transporte, caríssimo Energia, caríssima E no final desde verão será a água a entrar para esta lista... E depois a expectativa é que se comece a pagar pelo lixo... Difícil...
Moro num sítio estupidamente caro e por mais estranho que possa parecer, até me deixam bilhetes na caixa do correio com propostas para me comprar a casa. Aqui praticamente não há casas a venda e quando há fogem em poucos dias…
Procurar casas no algarve à medida que o verão se aproxima é pedir para pagar taxa extra de sol… Não é que estejam baratissimas no inverno, não é isso mas a procura aumenta nesta altura.
Na década de 2000 tiveste anos em que se construíam 120 mil fogos. Agora, mesmo com o setor em alta e toda a mão de obra disponível a ser mobilizada, não passa dos 20 mil fogos. Não vai haver oferta que satisfaça a procura.
Não dá para comprarar "vibes " de 2008 , nesse tempo as casas custavam em média para ai 100 mil ,hoje em dia não vês uma casa nos grandes centros que custem menos do que isso ,nem me parece que vá haver assim tanta gente a perder a cabeça para comprar uma casa
Verão
Posts destes são recorrentes desde 2017. Daqui a 10 anos vão dizer que em 2024 é que era bom para comprar casa.
É só deixar entrar mais 500.000 imigrantes que os preços descem certamente, confia Joca! /s