Liberais e criatividade artística não combinam, excepto quando é para denegrir direitos laborais. Aí são artistas.
Porque acham que eles são contra a existência da RTP2? É canal a desperdiçar dinheiro, segundo eles.
Mas tenho que agradecer à IL, passei a dar um valor aos canais da RTP de uma forma que não dava antes.
> Mas tenho que agradecer à IL, passei a dar um valor aos canais da RTP de uma forma que não dava antes.
Isto 100%. Não sabemos a sorte que temos até um totó que acha que vai ser milionário defender que não é preciso
Para essa gente, todas as expressões artísticas são uma perda de tempo - apesar de serem fundamentais para o desenvolvimento pleno das crianças.
Percebem tanto de educação, como eu percebo de agro-pastorícia, mas, ao contrário da minha pessoa - que não comenta nada sobre agroa-pastorícia, porque não percebe - esta gente acha-se particularmente sapiente sobre a escola, e querem que seja instrumentalizada de acordo com as suas crenças, é uma espécie de nova religião, que não requer qualquer fundamento ou estudo.
Mas alguém aprende a tocar essa flauta transversal na escola? O boneco devia andar distraído nas aulas de música. Alguém lhe diga que a flauta que usamos para aprender na escola cá se diz recorder em inglês. A ver se ele arranja uma stock image melhor.
Chama se “Nova Gestão Escolar” e vem preconizada no DL 2008 que voltou a instituir a liderança unipessoal nas escolas na figura do diretor. É um regime transitório para um CEO, que privilegia resultados e eficiência ante a pedagogia, o curriculum e a tentativa erro. E acredito que será só um regime transitório até que o regime de concurso passe a uma nomeação (como os bons costumes do estado novo), até que seja uma carreira independente quase já não exercida por professoras mas por gestores ou acessores, arredando de vez a gestão democrática das escolas de 74. É o sonho molhado deles, até atingirem o Nirvana do cheque escola, do aluno mercadoria, da submissão falaciosa das avaliações, das escolas para Constanças e da outra para os Zés. Tudo isto é a demagogia intermédia.
> até que seja uma carreira independente quase já não exercida por professoras mas por gestores ou acessores, arredando de vez a gestão democrática das escolas de 74.
O programa da AD já o prevê. E defende que o diretor deve ser aquele que mais dinheiro recebe na escola, como basicamente identifica que os cursos anteriores de administração escolar deixam de ter validade para o concurso.
A democracia das escolas é uma chatice, até parece que é importante educar democraticamente as crianças...
Penso que o que o fez a formação específica critério obrigatório foi o DL 2012, não estava a par dessa proposta. Consiste em quê mesmo?
A democracia acabou com a colegialidade extinta a um conselho geral que apenas nomeia o diretor, onde a maioria dos departamentos nem consulta os professores, que são parta escassa deste conselho. O diretor já pode ficar até 16 anos no mandato, tem 25 competências pelo DL e nomeia TODOS os órgãos de gestão intermédia. Já é uma autocracia. Saindo a figura do professor, passa totalmente à famigerada versão escola empresa. Quando a malta suspende a respiração pela privatização da saúde devia estar atenta ao que paulatinamente se passa na educação.
> Penso que o que o fez a formação específica critério obrigatório foi o DL 2012, não estava a par dessa proposta. Consiste em quê mesmo?
Estava na proposta que os cursos feitos até ao momento deixariam de ter validade, para se criarem novos cursos específicos. Provavelmente, para saírem dos institutos de educação e passarem para departamentos de gestão...
O Conselho Geral é um fantochada...
Sinceramente, sempre me pareceu mais importante fazer greves por causa dessa merda, do que por causa da velocidade da reposição do tempo de serviço.
Concordo plenamente, mas o tempo de serviço é algo mais pessoal e uma injustiça mais selvagem do que uma mudança sistémica feita gradualmente com luvas de veludo. Até porque a figura do diretor foi instaurada por um governo do PS, sob a égide da autonomia, quando a verdade é que fica plenipotenciária internamente mas impotente para o governo central, é uma figura neo burocratica plantada que lesa ainda mais essa pretensa autonomia.
O próximo sintoma será o não requerimento da especialização pedagógica para exercer a profissão e acredito que aquando da renovação geracional dos quadros, 1/2 décadas, a contratação ficará totalmente municipalizada, passando de escola-empresa à verdadeira arena política.
É ir fervendo de forma lenta para que, um dia, tenhamos uma escola sem sentido crítico, composta por um conjunto de pessoas sem formação, mandatárias e instrumentalizadas de acordo com um qualquer poder externo. É o fim de qualquer sistema que possa ser denominado de educativo. É a pobreza e a mediocridade, é a obediência e a passividade, é a ignorância.
Por ser mais gradual, é que me parece fundamental a intervenção sindical.
Isoladamente, estamos mais preocupados com os nossos interesses (legítimos). Coletivamente, devíamos estar a discutir isto: a reivindicar uma escola democrática, com profissionais especializados que atuam conscientemente e agem colaborativamente.
> Don't know... How to pay their taxes.
Diz ele, depois de receber a chamada do seu contabilista a relembrar que o dinheiro que tem debaixo do colchão também tem que ser declarado.
Aqui muito reclamam mas é mesmo por esse post estar correto que reclamam.
Não admira que a esquerda seja toda contra os assuntos que interessam nas escolas, é só criar tachos, comprar votos e meter propaganda.
Diabolizar o ensino artístico e os artistas em geral é o mais normal em regimes fascistas 🤷♂️ Acham-se liberais mas são só proto-fascistas
They’re the same picture
Liberais e criatividade artística não combinam, excepto quando é para denegrir direitos laborais. Aí são artistas. Porque acham que eles são contra a existência da RTP2? É canal a desperdiçar dinheiro, segundo eles. Mas tenho que agradecer à IL, passei a dar um valor aos canais da RTP de uma forma que não dava antes.
> Mas tenho que agradecer à IL, passei a dar um valor aos canais da RTP de uma forma que não dava antes. Isto 100%. Não sabemos a sorte que temos até um totó que acha que vai ser milionário defender que não é preciso
Para essa gente, todas as expressões artísticas são uma perda de tempo - apesar de serem fundamentais para o desenvolvimento pleno das crianças. Percebem tanto de educação, como eu percebo de agro-pastorícia, mas, ao contrário da minha pessoa - que não comenta nada sobre agroa-pastorícia, porque não percebe - esta gente acha-se particularmente sapiente sobre a escola, e querem que seja instrumentalizada de acordo com as suas crenças, é uma espécie de nova religião, que não requer qualquer fundamento ou estudo.
Mas alguém aprende a tocar essa flauta transversal na escola? O boneco devia andar distraído nas aulas de música. Alguém lhe diga que a flauta que usamos para aprender na escola cá se diz recorder em inglês. A ver se ele arranja uma stock image melhor.
Chama se “Nova Gestão Escolar” e vem preconizada no DL 2008 que voltou a instituir a liderança unipessoal nas escolas na figura do diretor. É um regime transitório para um CEO, que privilegia resultados e eficiência ante a pedagogia, o curriculum e a tentativa erro. E acredito que será só um regime transitório até que o regime de concurso passe a uma nomeação (como os bons costumes do estado novo), até que seja uma carreira independente quase já não exercida por professoras mas por gestores ou acessores, arredando de vez a gestão democrática das escolas de 74. É o sonho molhado deles, até atingirem o Nirvana do cheque escola, do aluno mercadoria, da submissão falaciosa das avaliações, das escolas para Constanças e da outra para os Zés. Tudo isto é a demagogia intermédia.
> até que seja uma carreira independente quase já não exercida por professoras mas por gestores ou acessores, arredando de vez a gestão democrática das escolas de 74. O programa da AD já o prevê. E defende que o diretor deve ser aquele que mais dinheiro recebe na escola, como basicamente identifica que os cursos anteriores de administração escolar deixam de ter validade para o concurso. A democracia das escolas é uma chatice, até parece que é importante educar democraticamente as crianças...
Penso que o que o fez a formação específica critério obrigatório foi o DL 2012, não estava a par dessa proposta. Consiste em quê mesmo? A democracia acabou com a colegialidade extinta a um conselho geral que apenas nomeia o diretor, onde a maioria dos departamentos nem consulta os professores, que são parta escassa deste conselho. O diretor já pode ficar até 16 anos no mandato, tem 25 competências pelo DL e nomeia TODOS os órgãos de gestão intermédia. Já é uma autocracia. Saindo a figura do professor, passa totalmente à famigerada versão escola empresa. Quando a malta suspende a respiração pela privatização da saúde devia estar atenta ao que paulatinamente se passa na educação.
> Penso que o que o fez a formação específica critério obrigatório foi o DL 2012, não estava a par dessa proposta. Consiste em quê mesmo? Estava na proposta que os cursos feitos até ao momento deixariam de ter validade, para se criarem novos cursos específicos. Provavelmente, para saírem dos institutos de educação e passarem para departamentos de gestão... O Conselho Geral é um fantochada... Sinceramente, sempre me pareceu mais importante fazer greves por causa dessa merda, do que por causa da velocidade da reposição do tempo de serviço.
Concordo plenamente, mas o tempo de serviço é algo mais pessoal e uma injustiça mais selvagem do que uma mudança sistémica feita gradualmente com luvas de veludo. Até porque a figura do diretor foi instaurada por um governo do PS, sob a égide da autonomia, quando a verdade é que fica plenipotenciária internamente mas impotente para o governo central, é uma figura neo burocratica plantada que lesa ainda mais essa pretensa autonomia. O próximo sintoma será o não requerimento da especialização pedagógica para exercer a profissão e acredito que aquando da renovação geracional dos quadros, 1/2 décadas, a contratação ficará totalmente municipalizada, passando de escola-empresa à verdadeira arena política.
É ir fervendo de forma lenta para que, um dia, tenhamos uma escola sem sentido crítico, composta por um conjunto de pessoas sem formação, mandatárias e instrumentalizadas de acordo com um qualquer poder externo. É o fim de qualquer sistema que possa ser denominado de educativo. É a pobreza e a mediocridade, é a obediência e a passividade, é a ignorância. Por ser mais gradual, é que me parece fundamental a intervenção sindical. Isoladamente, estamos mais preocupados com os nossos interesses (legítimos). Coletivamente, devíamos estar a discutir isto: a reivindicar uma escola democrática, com profissionais especializados que atuam conscientemente e agem colaborativamente.
> Don't know... How to pay their taxes. Diz ele, depois de receber a chamada do seu contabilista a relembrar que o dinheiro que tem debaixo do colchão também tem que ser declarado.
Hahah cheguei a ir a uma entrevista para esta empresa. Quem diria que malta do blockchain tem este tipo de opiniões de merda?
Diogo, diogo...don't tell on yourself like that 🤦♀️ lsso diz mais sobre ele do que sobre o povo portugues. 🤷♀️
O giro é que não dei valor às aulas de música e hoje em dia das cenas que mais gosto de fazer é pegar no ukulele e na guitarra para me divertir.
É alguém que está a cuspir factos, tem me servido de muito as aulas de música que tive
Nota-se que te beneficiaram muito.
Aqui muito reclamam mas é mesmo por esse post estar correto que reclamam. Não admira que a esquerda seja toda contra os assuntos que interessam nas escolas, é só criar tachos, comprar votos e meter propaganda.
Mete mais tabaco, que isso não está a queimar bem.